Seis
homens ficaram presos numa caverna gelada por causa de uma avalanche de neve. O
socorro só viria ao amanhecer.
Cada
um deles trazia um pouco de lenha, mas, quando a equipe de resgate chegou a
fogueira estava apagada e eles, mortos, congelados, cada qual abraçado ao seu
feixe de lenha.
Os
soldados não entenderam o que se passou naquela caverna, mas, se eles pudessem
voltar no tempo e ler o pensamento daquelas pessoas, talvez ficassem mais uma
vez surpresos com a raça humana:
O
preconceituoso pensava: Jamais darei minha lenha para
aquecer essa gente esquisita!
O rico avarento pensava: Vou ser o último a queimar minha lenha. Quem sabe, até posso vendê-la para esses otários. Vai valer uma boa grana. É a lei da oferta e procura.
O rico avarento pensava: Vou ser o último a queimar minha lenha. Quem sabe, até posso vendê-la para esses otários. Vai valer uma boa grana. É a lei da oferta e procura.
O
forte pensava: Não vou dar a minha lenha para
aquecer esses fracotes. Eles que façam ginástica até o amanhecer, se quiserem se
manter aquecidos.
O
fraco pensava: É bem provável que eu precise desta
lenha para me defender.
O sabe-tudo pensava: Esta nevasca vai durar vários dias. Vou guardar minha lenha por enquanto.
O sabe-tudo pensava: Esta nevasca vai durar vários dias. Vou guardar minha lenha por enquanto.
O
alienado: ... (não pensava nada,
especificamente).
Por fim, um dos soldados desabafou: - Acho que não foi o frio de fora que os matou; acho que foi o frio de dentro. O frio do coração. O frio da alma.
"Não deixe que o frio deste mundo mate você. Abra o seu coração e seja o primeiro a ceder a seu feixe de lenha, para manter a fogueira acesa".
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