CRENTES EXPERIENTES OU
CRIANÇAS ESPIRITUAIS ? 1º Coríntios 3.1-3
O homem
deixa a vida de perdição e os caminhos mundanos ao se encontrar com Cristo
tornando-se um crente. Ele inicia a sua vida cristã como uma criança e passa a
aprender as coisas básicas. Nos primeiros meses ele apenas ouve e aprende o que
lhe é ensinado, não tendo condições de opinar por conta de sua pouca
experiência religiosa. Com o passar do tempo esse crente alcança um nível de
crescimento espiritual elevado e passa a ter condições de ensinar o que
aprendeu aos novos convertidos, pois deixou o seu estado de imaturidade e
alcançou a maturidade espiritual. Esse é o desenvolvimento natural e é o que se
espera de todos os convertidos. Acontece que nem sempre é assim e esse processo
de crescimento não acontece com todos. Muitas pessoas se tornam cristãs e em
sua vida não se percebe crescimento algum. Ele era criança ao se converter e
continua a ser criança, mesmo tendo se passado vários anos desde a sua
conversão.
Essa pergunta recai sobre as pessoas que deveriam agir como adultos e, no entanto, estão agindo como crianças. Do mesmo modo que é ridículo ver um adulto agir como criança no seu dia a dia, também é vergonhoso ver o comportamento de pessoas que apesar do tempo decorrido desde a sua conversão ainda continuam com o velho e vergonhoso discurso: “Eu não posso fazer isso porque não estou preparado!” Essa resposta é de fato vergonhosa e tem de ser abolida da boca de todos os crentes que tem o tempo hábil para já serem experientes. É necessário que estejam prontos a dizer: “Estou preparado! Dê-me a tarefa, pois estou pronto para realizá-la”.
Faça-se essa
pergunta: Quando é que como crentes experientes nos portamos como crianças? É quando
agimos como criança. Já viram criança dando birra, fazendo bico e lundu? Ela
esperneia e grita. Chama a atenção de todos. Se joga no chão e dá aquele show.
Emburra e fica sem falar com os outros. As vezes observamos algumas pessoas que
gostam de falar alto e chamar a atenção dos irmãos do mesmo modo que as
crianças. Quando contrariadas ficam sem falar com os irmãos por conta de
probleminhas fúteis. Se agem como criança não podem reclamar quando forem
tratadas como crianças.
Hebreus
5.14, diz: “O alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela
prática, têm suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas
também o mal”. Esse era o problema dos Coríntios. Eles não podiam se alimentar
de alimento sólido por que não podiam suportar. Eles não cresceram. Ainda
continuavam discutindo os elementos básicos da fé cristã e não estavam prontos
para darem passos mais elevados. Eram crentes carnais. Eles não praticavam o
que sabiam ser o correto. Isto é afirmado no texto acima, que os adultos são
aqueles que “têm suas faculdades exercitadas, pela prática”.
É nesse
momento que o crente experiente age como criança. Mesmo sabendo que o impulso
que está recebendo não vem de Deus e é contrário a sua vontade, ainda assim se
deixa vencer e pratica os atos contrários a vontade de Deus. Em vez de se
humilhar, se exalta; em vez de ser manso, é bravo e altivo; em vez de ser
longânimo é apressado para agir e age de maneira errada. O crente que age assim
age como uma criança, pois sabe que deve se deixar dominar pelo Espírito Santo
e mesmo assim age dominado pela vontade da carne. Por isso se torna um crente
carnal, impossibilitado a realizar as obras que se espera que pratique e
incapaz de ser usado como vaso útil para o Reino de Deus.
Quando o rei Davi estava prestes a morrer chamou o seu filho Salomão e lhe deu algumas recomendações. Uma delas foi: “Seja corajoso e seja homem!” (1 Reis 2.2). Coragem todo homem tem de ter, principalmente se for um rei cercado de inimigos. Mas ser homem Salomão já era. Que é que Davi queria dizer com esse “Sê Homem”? Para Salomão governar e ser um rei de fato ele não poderia copiar o modo de ser e de viver de outros homens. Ele teria de ser autêntico, ser verdadeiro, ser ele mesmo, ser fiel aos seus princípios. Ele não obedeceu ao que lhe fora dito por seu pai. Salomão não seguiu o conselho do seu pai. Se desviou quando copiou o modo de vida dos reis que o cercavam e a forma de adoração das mulheres com as quais se casou. Ele não foi homem. Ele foi uma cópia de outros homens. Copiar os outros é coisa de criança!
Os Coríntios
sabiam que o ciúme é destruidor. Sabiam também que contendas levam a destruição
da amizade e da união entre os irmãos. Discussões não resolvem nada e só
promovem separações de amigos e de pessoas que se amam. Mas os Coríntios
estavam “andando segundo o homem”, ou seja, estavam agindo como qualquer
perdido. Sabiam que Deus abomina tais atitudes, mas no momento da raiva
brigavam. Não dominavam o seu ímpeto. Em vez de se alegrarem com as vitórias
dos outros, ficavam enciumados. Esse é o modo de agir dos incrédulos por não
ter Jesus Cristo em seu coração. O crente experiente não age assim porque sabe
que essa não é a vontade de Deus. Ele se nega a copiar o modo de vida dos
incrédulos, pois optou por seguir ao Mestre Jesus.
Deus chamou
homens perdidos e lhes deu a salvação. Quando iniciaram a caminhada cristã eram
crianças. A vontade de Deus é que os crentes cresçam e se tornem capazes de
lutar contra o mal e propagar o Seu Evangelho com adultos. Seja um crente
adulto e preparado e deixe as coisas de criança para crianças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário