Artigo: "A CAUDA MORTAL DO ESPIRITO DE PITON"

Escrito Por Ap. Fernando Guillen

               Outro fator importante quando falamos sobre adoração é que não podemos adorar ao Senhor de maneira plena, sem antes quebrarmos o jugo de influência que os principados exercem sobre as nossas vidas.
            
               Um principado é um arquiteto espiritual que constrói arquétipos/modelos/ estruturas demoníacas nas linhas de pensamento das pessoas. Tais modelos estão vinculados à iniqüidade. Portanto, precisamos entender como os principados atuam, para então, sairmos debaixo de sua estrutura.
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               Nessa palavra profética abordaremos sobre PITON: um principado que se destaca por ser um dos guardiões da Rainha dos Céus, e que também atua em conjunto com Jezabel.

            O texto base que usaremos para identificar a operação desse espírito se encontra no livro de Atos capítulo 16 (por favor leia-o): Nesta passagem vemos que Paulo e Silas se dirigiam ao lugar de oração. Isto é muito importante, mas para entendermos melhor, precisamos verificar todo o contexto.

            Esta era uma cidade romana, e apesar de ter sido conquistada na parte física pelos romanos, a Grécia conquistou Roma na parte intelectual, isto é, em suas crenças, em sua cultura. Logo, era uma cidade romana com uma cultura grega. Ao entrar na cidade, Paulo e Silas tiveram um encontro com o espírito territorial que guardava toda a cidade, e que estava representado em uma jovem possessa de um espírito adivinhador, que no grego é pneuma pythona. Na verdade, Paulo e Silas tiveram um encontro com o principado da cidade chamado Piton. A estrutura de toda a cidade estava relacionada ao culto a este principado. E este, é um padrão que podemos notar no decorrer da vida de Jesus na terra, pois era entrar em um território, saíam ao Seu encontro os espíritos que dominavam estes territórios, como por exemplo, o caso do gadareno. Note também, que quando a jovem saiu ao encontro dos apóstolos, eles estavam indo ao lugar de oração, o que nos revela que uma das principais características deste principado é bloquear a oração/intercessão do povo de Deus.

          Por muitos dias ela profetizava sobre eles que eram servos do Deus Altíssimo. Ela falava a verdade, porém a sua inspiração estava fundamentada no espírito de Piton. Então, Paulo e Silas com a autoridade apostólica, ordenaram que o espírito saísse da jovem. Nesse ponto devemos entender sobre a territorialidade para discernir que quando o espírito saiu da jovem, ele também saiu da cidade. Esse foi um confronto que Paulo e Silas tiveram com o espírito territorial, Piton.  Observe que toda a cidade cultuava este principado, e através da adivinhação mantinham sua economia, por isso que, logo após este confronto, houve uma reação, foi provocada uma revolta em toda a cidade e os discípulos foram levados as autoridades na praça e foram acusados por estarem ensinando costumes que não eram lícitos naquela cidade. Na verdade, eles ensinavam sobre o Reino de Deus, e isto abalou toda a estrutura da cidade, trazendo uma manifestação das trevas.

         Para esclarecer mais sobre a atuação territorial deste espírito, vamos analisar a cultura da cidade, que era romana com a influência grega: Os gregos cultuavam a Piton, e todo este culto tinha origem na mitologia grega. Eles tinham uma grande motivação por conhecer o futuro, por isso eles construíram oráculos para saberem o futuro. Na Antiga Grécia, por exemplo, existiam quatro oráculos fundamentais: Delfos, Dodona, Trofonio e Latonia.  Eles usavam as cavernas, as fissuras das covas para os oráculos e estabeleciam a adoração a deuses. Na zona de Delfos existia um oráculo que eles dedicavam a Gea, que era a personificação da mãe terra. Este oráculo dedicado a Gea chamou-se Piton, por ser a morada da grande serpente que eles cultuavam. Segundo a mitologia, Piton era uma criatura maravilhosa que tinha surgido do barro que foi deixado pelo dilúvio. Eles consideravam que o dilúvio não destruiu todas as pessoas, ficaram Deucalion e Pirra.  A partir do século X, Gea foi substituída por um deus poderoso da mitologia grega, chamado Apolo, filho de Zeus e Leto, filho de um Titã. Eles acreditavam que no lugar onde Apolo havia nascido foi entregue para ele o dom de profecia. A conquista de Delfos por Apolo foi considerada uma conquista com muito derramamento de sangue. Apolo, depois de escalar o monte que se chamava Piton, achou a grande serpente que era guardiã de Jea, a mãe terra (é muito comum em confrontos espirituais contra a Rainha dos Céus, nós encontrarmos Piton, já era assim na mitologia grega). Quando Apolo sobe para conquistar Delfos, ele tinha que matar primeiro a serpente. Ele a mata e a coloca em um buraco que se encontrava no oráculo.

          Apesar de ele ter matado a serpente, ele fez algo para continuar cultuando-a, escolheu mulheres para serem sacerdotisas principais neste lugar que ele conquistou, como honra a serpente. Essas sacerdotisas chamavam-se “Pythia” e eram jovens virgens, mais conhecidas como pitonisas que eram inspiradas pela serpente a proferirem oráculos sagrados neste lugar.  Este lugar era considerado pelos gregos como centro do mundo, um centro de poder ligado a Piton.
Paulo repreendeu a jovem com o espírito de Piton, pois ele conhecia a cultura da cidade. Era uma cidade dedicada ao culto a esta serpente. Quando ele vê a jovem possessa, ele entendeu que era uma sacerdotisa “Pythia” possuída pelo espírito de Piton que estava fazendo adivinhação. Verificamos que, apesar dela falar a verdade, a inspiração era Piton. Como vimos acima, este espírito territorial tentava bloquear a oração, pois queria impedir que no seu território se levantasse um altar ao Senhor.

        Naturalmente falando, uma serpente píton tem grande comprimento, e mata suas vítimas não com o veneno que ela tem, mas pela força que ela faz ao envolvê-las e asfixiá-las. Isto reflete a operação espiritual, cujo propósito é tirar a vida/fôlego de Deus nas pessoas, asfixiando e trazendo culto à adivinhação e a bruxaria.

        Algo a observar, é que na cultura da América do Sul existe muita adivinhação, o que nos leva a considerar que, em todos nós há uma ligação com as raízes de iniqüidades que foram estabelecidas pelos nossos antepassados através dos cultos e rituais a adivinhação. De fato, muito do que se considera profético nas igrejas é adivinhação, e é por isso que a cultura do Brasil é muito mística, mesmo dentro da própria igreja. Piton é a antítese do espírito de profecia, mas é muito parecido. Não podemos nos esquecer dos modelos paralelos das trevas, por isso precisamos nos limpar destas iniqüidades.



Algumas características da operação do espírito de Piton:- Depressão: Piton envolve as pessoas e começa a tirar o fôlego de vida espiritual. Quando os membros das igrejas começam a se desanimar e querer sair da igreja sem nenhum motivo real é porque Piton esta tirando a vida nas igrejas.